Cuidado com as bolhas
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Cuidado com as Bolhas: Como o Sistema Manipula Narrativas e Controla Grupos
Nos últimos tempos, tem se tornado cada vez mais evidente como o sistema global tem utilizado estratégias de manipulação para controlar narrativas e influenciar diferentes grupos sociais. Esses grupos, conhecidos como "bolhas", são compostos por pessoas que compartilham pensamentos e ideologias semelhantes, sendo manipulados por uma rede complexa de influências externas. Mas o que são essas bolhas e como o sistema está infiltrado nelas? Vamos entender isso com mais detalhes.
O que são as bolhas?
Uma bolha, no contexto social e político, é um grupo de pessoas que compartilham as mesmas crenças, ideias e opiniões sobre determinado assunto, sem permitir que opiniões externas entrem em seu círculo. Esse conceito é bem visível em várias esferas da sociedade, como entre evangélicos, católicos, militares e até movimentos sociais. Essas bolhas podem ser encontradas em plataformas como Facebook, YouTube e outras redes sociais, onde diferentes segmentos da sociedade interagem entre si, muitas vezes sem perceber que estão sendo manipulados.
O que chama a atenção, entretanto, é o controle que o sistema exerce sobre essas bolhas. Ele não atua diretamente sobre as pessoas, mas sim através de líderes e influenciadores que ganham notoriedade dentro desses grupos, criando uma falsa sensação de autenticidade e independência.
A infiltração do sistema nas bolhas
O sistema, representado por entidades de poder, utiliza estratégias sofisticadas para se infiltrar e moldar o pensamento desses grupos. Muitos dos líderes dessas bolhas não são o que aparentam ser. Por exemplo, há aqueles que fingem ser evangélicos, mas, sutilmente, defendem os interesses do governo atual. Outros se dizem católicos, mas acabam defendendo o sistema político vigente. O que está em jogo aqui não é a religião ou ideologia dessas pessoas, mas sim o apoio implícito ao governo e aos interesses do poder.
Essa manipulação é feita por meio de discursos sutis, onde os líderes começam falando sobre assuntos que agradam o público, como a fé religiosa ou as tradições de um movimento, mas ao longo do tempo, suas falas acabam alinhando-se com os interesses do governo ou de elites políticas. A presença desses líderes em plataformas como o YouTube, Instagram ou Facebook é cuidadosamente orquestrada para manter a narrativa que favorece aqueles que estão no controle.
Como o sistema manipula as redes sociais?
O uso de redes sociais como ferramenta de manipulação é uma das estratégias mais poderosas do sistema. As plataformas online são constantemente manipuladas por engenheiros sociais que gerenciam o tráfego de informações. Isso acontece através do controle de algoritmos, que determinam quais conteúdos serão visíveis para o público e quais serão ignorados.
Por exemplo, um influenciador que fala sobre temas religiosos pode ganhar notoriedade se ele constantemente defende o governo ou minimiza questões críticas. Ele se torna uma figura de autoridade dentro da bolha, e suas opiniões são amplificadas nas redes sociais, enquanto aqueles que questionam o sistema têm suas vozes abafadas. Esse processo de manipulação do tráfego da rede se dá através do controle dos datacenters, das infraestruturas de internet e do marketing digital.
É importante perceber que a manipulação não se dá apenas em uma única bolha, mas em diversas outras, como movimentos feministas, grupos de direitos humanos, anti-sistema e até em grupos progressistas. Em todos esses segmentos, há indivíduos que se infiltram, fingindo defender causas justas, mas que, no fundo, estão alinhados com o poder vigente. Eles criam uma falsa oposição ao governo, mas no final, acabam sempre favorecendo o status quo.
Estratégias do sistema para controlar a narrativa
O que os engenheiros sociais fazem é criar líderes manipuladores dentro dessas bolhas, dividindo e enfraquecendo o movimento de maneira estratégica. Por exemplo, um líder evangélico pode começar a falar sobre temas importantes da fé, como salvação, perdão e evangelismo, mas ao longo do tempo, ele passa a defender políticas que são claramente favoráveis ao governo. O mesmo pode ocorrer com líderes católicos ou com militares que, apesar de afirmarem que não se envolvem com política, acabam por apoiar o governo em questões essenciais.
Esse tipo de manipulação cria um vácuo de poder dentro da bolha, onde os indivíduos acabam se afastando de suas reais crenças e se alinhando com ideias impostas, sem perceberem. Em certo ponto, esse líder, mesmo sem ser um verdadeiro representante do movimento, acaba sendo visto como uma autoridade legítima, e suas opiniões ganham grande visibilidade.
Como podemos nos proteger dessa manipulação?
A melhor forma de se proteger da manipulação do sistema é manter a mente crítica e não aceitar informações sem questionar a origem delas. Devemos ficar atentos ao discurso de apoio implícito que certos influenciadores e líderes fazem em relação ao governo e ao sistema político, mesmo quando eles afirmam ser parte de um movimento opositor.
Além disso, é fundamental compreender que o sistema não age de maneira direta, mas se infiltra de maneira sutil nas bolhas. A redes sociais são um terreno fértil para essa manipulação, e o usuário comum precisa ter atenção ao conteúdo que consome e compartilha, procurando sempre questionar fontes e diversificar a ingestão de informações.
O conceito de bolhas sociais vai além de simples grupos de pessoas com interesses comuns. Ele é um reflexo da manipulação do sistema, que usa influenciadores e líderes para controlar narrativas e influenciar milhões de pessoas. A manipulação das redes sociais, o controle do tráfego de informações e a criação de líderes falsos dentro das bolhas são estratégias utilizadas por engenheiros sociais para garantir que o poder vigente se mantenha forte e que as pessoas não questionem o status quo.
Por isso, é essencial estar sempre atento e crítico às informações que recebemos, principalmente nas redes sociais. Só assim conseguiremos nos proteger das bolhas manipuladoras e entender que, muitas vezes, quem está falando em nome de uma ideologia ou movimento pode, na verdade, estar defendendo interesses contrários aos nossos.
A mentira e o cinismo faz com que, através dos meios de comunicação, as potências se apresentem como vítimas das manobras do inimigo. Ao mesmo tempo, o antigo inimigo parece ter encontrado na rede um pilar para relatos contra-hegemônicos. Os meios de comunicação conspiratórios ou envolvidos no complot contam hoje com um aliado poderoso. Mas a verdade está ausente e aqueles que tentam desmentir ou esclarecer (os jornalistas) costumam encontrar-se submersos pelas ameaças físicas ou insultos que chegam a eles através da Internet. A mentira transformou em moda um estilo de gangue digital como forma de dissuasão ou intimidação, tanto para a extrema direita quanto para a ultra-esquerda.
É nitido e claro que, os leitores e espectadores de todas os suportes ideológicos, estados, partidos políticos, movimentos de distinta índole, serviços secretos, hackers, jornalistas e agitadores centrais da internet (Twitter, Facebook, Google, Instagram, etc.) compõem um amplíssimo mercado de manipulação da informação, sem precedentes na história da humanidade. Que sejam as eleições na França, nos Estados Unidos, a consulta pelo Brexit, a guerra na Ucrânia ou o separatismo catalão, a internet e seus habitantes das sombras têm sido os principais reguladores da opinião pública, com o pano de fundo da guerra entre as potências, e como parvos figurantes, estão as esferas anti-imperialistas, que expandiram as falsidades do inimigo, de seu inimigo. Um exército de fantasmas navega diariamente para defender um território semeado por interesses, em ambos os lados do Atlântico.
Os maus viraram bons e os bons maus. Os trolls são agora inocentes soldadinhos do passado, ao lado da maquinaria que foi posta em funcionamento. Os cronistas de falácias, os gestores de comunidade das redes, os perfis automáticos que geram bolhas narrativas criadas com a intenção de instalar uma fraude são os novos propagadores das verdades artificiais que se tornaram a droga do ocidente. Donald Trump impulsionou nos Estados Unidos o que já existia há muito tempo dentro da chamada guerra digital ou guerra assimétrica. Os heróis do passado se deram o direito de jogar, após a sua estratégia final. Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, juntou-se a exitosa operação dos separatistas catalães que conseguiram instalar na opinião pública uma péssima impressão do Estado espanhol, apoiando-se também nos suportes russos de difusão na rede.
A velha guerra fria. Os serviços de Vladimir Putin parecem ter encontrado na rede um pilar para as narrativas contra-hegemônicas. Em certos setores, a imprensa ocidental tradicional tem mil vezes menos influência do que a Russia Today (RT) ou a Sputnik (100 países, 33 idiomas), dois meios de comunicação russos cujas informações, em ocasiões totalmente falsas, são redistribuídas através das redes e lidas com devoção por aqueles que têm uma posição anti-ocidental legítima (The Gateway Pundit ou TruthFeed).
A dicotomia que nunca acaba. Os "maus" do ocidente contra os "bons" de Moscou ou os "bons" de Moscou contra os "maus"do outro lado, semeiam suas invenções nas redes sociais. Os bons e os maus acabam amplificando sua difusão, com as quais formatam consciências, ganham adesões, modificam processos eleitorais ou instalam certezas cuja única realidade está nos milhares de perfis automatizados que devastam todas as formas de liberdade de pensar e agir. As redes sociais apareceram em um momento como a panaceia da independência frente os meios de comunicação do "sistema". Agora, o sistema se apropriou delas.