O mundo é uma máquina que viaja no tempo
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Eduardo
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O mundo é uma máquina que viaja no tempo. Essa é uma afirmação que pode parecer estranha, mas que tem fundamentos na física de Albert Einstein. Segundo a teoria da relatividade, o tempo não é absoluto, mas relativo à velocidade e à gravidade de cada observador. Isso significa que o tempo passa de forma diferente para pessoas em movimento ou em lugares com diferentes intensidades de campo gravitacional.
Um exemplo disso é o experimento dos relógios atômicos, realizado em 1971. Dois relógios idênticos foram sincronizados e um deles foi colocado em um avião que deu uma volta ao redor do mundo, enquanto o outro ficou em terra. Quando os relógios foram comparados novamente, o que estava no avião estava atrasado em alguns nanossegundos em relação ao que estava em terra. Isso aconteceu porque o relógio no avião estava se movendo mais rápido e sob menor influência da gravidade da Terra do que o relógio em terra. Esse efeito é chamado de dilatação do tempo e implica que viajar para o futuro é possível, bastando se mover muito rápido ou se aproximar de um corpo celeste muito massivo, como um buraco negro.
Quanto maior a velocidade ou a gravidade, maior a diferença de tempo entre os observadores. Assim, alguém que viajasse a uma fração da velocidade da luz ou orbitasse um buraco negro por um tempo poderia retornar à Terra e encontrar um mundo muito mais avançado do que quando partiu. Mas e viajar para o passado? Seria possível voltar no tempo e mudar a história? Essa é uma questão muito mais complexa e controversa na física. A teoria da relatividade não proíbe explicitamente a viagem ao passado, mas impõe algumas condições muito difíceis de serem realizadas na prática. Uma delas é a existência de curvas fechadas do tipo tempo, que são trajetórias no espaço-tempo que retornam ao mesmo ponto.
Outra é a construção de uma máquina do tempo, que seria um dispositivo capaz de criar e manipular essas curvas fechadas do tipo tempo. Alguns físicos propuseram modelos teóricos de máquinas do tempo, baseados em conceitos como buracos de minhoca, cordas cósmicas e cilindros rotativos infinitos. No entanto, esses modelos enfrentam vários problemas, como a necessidade de matéria exótica (que viola as leis da física conhecidas), a instabilidade das soluções e as inconsistências lógicas (como os famosos paradoxos temporais). Além disso, nenhum desses modelos foi comprovado experimentalmente até hoje.
Portanto, podemos concluir que viajar para o futuro é uma possibilidade real, embora muito difícil de ser realizada com a tecnologia atual. Já viajar para o passado é uma possibilidade hipotética, que depende de fenômenos ainda não observados e que pode violar alguns princípios fundamentais da física e da lógica. O mundo é uma máquina que viaja no tempo, mas somente em uma direção.