Lócus de controle
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Lócus de Controle: A Importância de Compreender Como a Mente Humana Funciona
No universo da psicologia, o conceito de lócus de controle é essencial para entender como os indivíduos percebem sua capacidade de influenciar eventos em suas vidas. O lócus de controle descreve a crença de uma pessoa sobre se ela tem controle sobre os resultados da sua vida ou se esses resultados dependem de forças externas, como sorte, destino ou outras pessoas.
Existem dois tipos principais de lócus de controle: o interno e o externo. Vamos analisar com mais detalhes como esses dois conceitos funcionam e como eles impactam nossa vida cotidiana.
Lócus de Controle Interno
Quando uma pessoa possui um lócus de controle interno, ela acredita que pode controlar sua vida por meio de suas próprias ações, decisões e esforços. Para essas pessoas, a responsabilidade por seus sucessos e fracassos recai diretamente sobre elas mesmas. Se algo der certo, é por mérito próprio; se algo der errado, a culpa também é delas.
Um exemplo claro disso é alguém que se prepara para uma competição, como uma prova ou um desafio físico, e acredita que o resultado depende diretamente de sua preparação e comprometimento. Ao se colocar à prova, ela tem a autoestima elevada, confiante de que sua competência será suficiente para alcançar o que deseja, independentemente dos outros.
Esse tipo de mentalidade é importante, pois fomenta a autoconfiança, a autoestima e a responsabilidade pessoal. Pessoas com um lócus de controle interno acreditam que são capazes de transformar suas circunstâncias, já que acreditam em seu poder de agir e influenciar as situações.
Lócus de Controle Externo
Por outro lado, o lócus de controle externo é caracterizado pela crença de que os resultados da vida de uma pessoa são determinados por fatores fora de seu controle, como a sorte, o destino ou as ações de outras pessoas. Indivíduos com esse tipo de mentalidade frequentemente dependem de circunstâncias externas e interferência alheia para alcançar o sucesso.
Um exemplo disso pode ser uma pessoa que, ao se preparar para uma prova, acredita que o sucesso depende de fatores externos, como colocar a sorte ao seu lado, ou receber uma ajuda de última hora de outra pessoa. Em situações assim, o indivíduo não se sente responsável pelos resultados e acredita que seu destino está na mão dos outros.
Esse lócus de controle externo é muitas vezes resultado de uma mentalidade passiva, onde a pessoa não toma o controle da própria vida e espera que forças externas façam o trabalho por ela. Isso pode gerar uma sensação de impotência, falta de autoestima e a sensação de estar à mercê das circunstâncias.
A Influência Social e Cultural no Lócus de Controle
No Brasil, por exemplo, é possível perceber que uma grande parte da população se vê influenciada pelo lócus de controle externo. Isso acontece, em grande parte, pela estrutura social e cultural do país, que fomenta a dependência de terceiros, como o governo, a mídia e outras figuras de autoridade.
A mentalidade coletiva do país, que se vê frequentemente dependente de sorte ou da interferência de terceiros para alcançar seus objetivos, contribui para a perpetuação de um ciclo onde as pessoas se sentem incapazes de conquistar o que desejam de maneira autônoma. O foco está em depender de outros ou de circunstâncias ao invés de tomar a frente e agir por conta própria.
O Efeito Destrutivo do Lócus de Controle Externo
A constante dependência de fatores externos pode ter um impacto negativo na autoestima e na capacidade do indivíduo de acreditar em si mesmo. Quando a pessoa sente que seu destino depende exclusivamente do que os outros pensam ou fazem por ela, ela perde o poder de tomar as rédeas de sua vida. Isso pode resultar em fragilidade emocional, falta de confiança e a perpetuação de uma mentalidade passiva.
Além disso, essa mentalidade de dependência acaba sendo explorada por muitas instituições e sistemas de poder, como a mídia, políticos e outros grupos com interesse em manter o controle sobre a população. Quando as pessoas acreditam que não têm poder sobre suas próprias vidas, elas se tornam mais susceptíveis a manipulações externas e a manipulação das suas crenças.
Desenvolvendo um Lócus de Controle Interno
A boa notícia é que é possível mudar a forma de pensar e desenvolver um lócus de controle interno. Para isso, é necessário investir no fortalecimento da autoestima, autoconfiança e responsabilidade pessoal. Algumas ações práticas para cultivar essa mentalidade incluem:
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Autoconhecimento: Refletir sobre as próprias forças, habilidades e capacidades, reconhecendo que a pessoa tem o poder de moldar sua própria realidade.
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Estabelecimento de Metas: Definir objetivos claros e realistas, focando no que pode ser feito pessoalmente para alcançá-los.
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Assumir Responsabilidade: Reconhecer que, independentemente dos obstáculos externos, as ações e escolhas pessoais são determinantes para o sucesso.
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Perseverança: Entender que fracassos são parte do processo e que sempre há lições a aprender, ao invés de se culpar ou esperar que a sorte mude as coisas.
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Buscar Apoio Positivo: Ter ao redor pessoas que incentivem a autossuficiência e a confiança na própria capacidade, em vez de depender do apoio constante de outras pessoas ou das circunstâncias.
Compreender o lócus de controle é fundamental para qualquer pessoa que deseje tomar controle da própria vida e alcançar seus objetivos de forma independente. Quando você se permite acreditar que os resultados de sua vida dependem de suas próprias ações e escolhas, você está empoderando-se e criando um caminho para a autossuficiência. O lócus de controle interno não só fortalece a confiança em si mesmo, mas também ajuda a quebrar os ciclos de dependência e passividade, permitindo que você se torne o verdadeiro protagonista da sua história.
Lócus de controle é a expectativa do indivíduo sobre a medida em que os seus reforçamentos se encontram sob controle interno (esforço pessoal, competência, etc.), ou externo (as outras pessoas, sorte, chance, etc.). Foi formulado por Julian B. Rotter em 1966 em seu artigo "Psychological Monographs". lócus significa lugar em latim.
Neste sentido, caso uma pessoa tenha um lócus de controle predominantemente interno se sente mais no controle de sua própria vida e sucesso, exigindo mais de si mesmo e se concentrando no que pode fazer por conta própria para lidar com os problemas atuais enquanto uma pessoa com lócus de controle predominantemente externo sente que fatores externos tem um controle maior na sua vida, exige mais dos outros, tem uma maior dependência emocional e funcional e são mais afetadas por críticas e elogios. É importante ressaltar que até hoje existem discussões conceituais e discordâncias entre esses conceitos.
Local Interno de controle
O termo “locus interno de controle” refere-se à crença de alguns indivíduos de que o que acontece em suas vidas está sob seu controle ou influência. À primeira vista, isso pode parecer trivial, mas, na realidade, causa uma série de efeitos que quase mudam completamente a experiência de vida da pessoa.
Por exemplo, hoje sabemos que pessoas com um lócus de controle interno tendem a assumir a responsabilidade por suas ações, de modo que, se os resultados que estão alcançando não são o que desejam, geralmente mudam a maneira como agem. Da mesma forma, eles também têm um maior senso de auto-eficácia e são mais confiantes em suas próprias habilidades.
Normalmente, indivíduos com um lócus de controle interno são influenciados em menor grau pelas opiniões de outros e tomam decisões com base em suas próprias crenças e modos de pensar. Isso os faz trabalhar melhor sozinhos e os faz sentir-se mais confiantes quando precisam enfrentar algum tipo de desafio.
Auto estima
Esses indivíduos geralmente têm uma baixa auto-estima, pois mesmo quando alcançam algum tipo de sucesso, acham que isso se deve simplesmente à sorte ou à ajuda de outras pessoas. Como conseqüência, eles pensam que não têm poder para mudar a situação em que se encontram, o que os leva a não se esforçarem e frequentemente ficarem presos.
Entre outras coisas, o lócus de controle externo causa fenômenos como falta de motivação, má atitude, dificuldade de concentração ou até desamparo aprendido. Externamente, as pessoas que se enquadram nessa categoria tendem a ter problemas de saúde física e mental, além de experimentar dificuldades em praticamente todas as áreas de suas vidas.
Finalmente, uma das conseqüências mais graves de se ter um lócus de controle externo é a dificuldade que isso implica quando se trata de mudar situações indesejadas na vida de alguém.
Lócus de controle e auto-estima
As pesquisas mais recentes sobre esse tópico descobriram que a natureza do lugar de controle de um indivíduo está intimamente relacionada à força de sua auto-estima. Assim, aqueles que acreditam que o que lhes acontece depende de si mesmos tendem a se ver com melhores olhos do que aqueles que pensam que não podem controlar o que lhes acontece.
Por que isso acontece? Verificou-se que aqueles com um lócus de controle principalmente externo tendem a valorizar absolutamente todas as suas experiências.
Quando algo lhes acontece que eles não querem, eles se sentem incapazes de impedir que isso aconteça novamente no futuro; E quando conseguem algo de bom, pensam que isso só lhes aconteceu por acaso ou por sorte.
Por outro lado, pessoas com um lócus de controle externo tendem a assumir a responsabilidade por tudo o que lhes acontece. Assim, se cometerem um erro, procurarão maneiras de impedir que a mesma coisa aconteça novamente no futuro; e quando alcançam um resultado positivo em sua própria vida, são capazes de se felicitar por isso, de modo que sua auto-estima seja reforçada.
Lócus de controle e estresse
Há alguma controvérsia sobre a relação entre o local de controle de uma pessoa e seus níveis de estresse. Alguns pesquisadores pensam que acreditar que não temos controle sobre o que acontece em nossas vidas aumenta significativamente esse tipo de desconforto, enquanto outros pensam exatamente o contrário.
A primeira hipótese é baseada na idéia de que o estresse ocorre quando sentimos que não podemos fazer nada para modificar as circunstâncias em que nos encontramos e elas são negativas. Se isso fosse verdade, as pessoas com um lócus de controle externo deveriam experimentar níveis mais altos de estresse do que aqueles que pensam que mudar sua situação depende inteiramente deles.
Por outro lado, alguns pesquisadores acreditam que assumir a responsabilidade por tudo o que acontece em nossas vidas também pode gerar níveis mais altos de estresse. Isso ocorre porque nem tudo o que acontece conosco é facilmente modificável, mas as pessoas com um lócus de controle interno se culpariam quando não conseguissem exatamente o que queriam.
Atualmente, o consenso é que os níveis mais baixos de estresse são alcançados quando a pessoa está ciente de que possui uma grande capacidade de modificar as circunstâncias em que se encontra, mas, ao mesmo tempo, sabe que seu poder nesse sentido tem certos limites. Dessa maneira, o indivíduo é capaz de agir e elevar sua auto-estima sem precisar ser martirizado quando algo não corre bem.
Lócus de controle e depressão
A depressão é um fenômeno intimamente relacionado ao locus externo de controle. Acreditar que não temos controle sobre o que acontece em nossas próprias vidas pode dar origem ao que é conhecido como “desamparo aprendido”, um estado em que a pessoa para de tentar mudar sua situação e se resigna a viver com desconforto. permanente.
O desamparo aprendido é uma das causas mais importantes para a depressão, e resolvê-lo é um dos primeiros objetivos que os terapeutas estabelecem quando tratam um paciente com essa patologia. Na prática, isso envolve promover uma mudança de crenças e incentivar o indivíduo a tomar medidas para modificar o que depende dele.
Lócus de controle e saúde
A externalidade ou internalidade do lócus está intimamente associada a cultura social e familiar. Na cultura latino americana pessoas mais religiosas tendem a associar mais os acontecimentos a fatores externos como a vontade de Deus, destino e sorte. Pessoas que ao invés de focalizarem nos resultados de suas próprias ações se focalizam nesses fatores externos podem estar em risco para desenvolverem doenças devido à falta de cuidados preventivos apropriados e por correrem mais riscos confiando na sorte ou em Deus.
Um estudo mostrou que diabéticos tem predominância de lócus de controle externo. Alguns cientistas acreditam que pessoas com lócus de controle externo tenham maior propensão para adiar cirurgias corretivas e quando participam de programas de controle de peso, são as de menor sucesso
Lócus de controle e organizações
Abbad e Meneses desenvolveram uma escala de avaliação do lócus de controle voltada para o contexto organizacional que consiste em 12 eventos que devem ser avaliados o quanto dependem de si mesmo, dos outros ou da sorte numa escala de Likert de 1 a 5.
Este mesmo estudo cita a definição dada por Wenzel, para quem lócus de controle "refere-se ao modo como uma pessoa percebe a relação entre seus esforços e o resultado de um evento. Caso esta relação esteja clara para o indivíduo, diz-se que ele é internamente orientado, ao passo que quando a relação não é clara, a pessoa passa a responsabilizar outros fatores pelo sucesso ou fracasso de determinada ação. Nesse caso, diz-se que ela é externamente orientada" e mais adiante menciona um estudo de Pasquali et al. (1998), que considerou como premissa que "o construto lócus de controle, ao contrário de sua definição como um traço de personalidade, seria mais bem compreendido como um estado disposicional do indivíduo que se modifica de acordo com a situação. Além disso, é multidimensional, podendo assumir uma estrutura empírica e conceitual composta por três dimensões pessoal, social e impessoal (...)".
Lócus de controle e conspirações: uma análise psicológica
O que é lócus de controle? É a crença que uma pessoa tem sobre o grau de controle que ela exerce sobre os acontecimentos da sua vida. Existem dois tipos principais de lócus de controle: interno e externo. Quem tem um lócus de controle interno acredita que é responsável pelo seu próprio destino, que suas ações e decisões influenciam seus resultados e que pode mudar as circunstâncias com seu esforço e habilidade. Quem tem um lócus de controle externo acredita que é vítima do acaso, do destino, da sorte ou de forças externas que fogem do seu controle, que suas ações e decisões têm pouco ou nenhum efeito sobre seus resultados e que não pode mudar as circunstâncias com seu esforço e habilidade.
Qual a relação entre lócus de controle e conspirações? As teorias são explicações alternativas para eventos complexos ou ambíguos que envolvem a ação secreta e coordenada de grupos poderosos ou maléficos que visam algum objetivo oculto. As pessoas que acreditam em teorias da conspiração tendem a ter um lócus de controle externo, pois elas atribuem os acontecimentos da sua vida e do mundo a agentes externos que manipulam a realidade. Elas também tendem a ter uma baixa autoestima, uma alta desconfiança, uma baixa tolerância à ambiguidade e uma alta necessidade de fechamento cognitivo. As teorias da conspiração oferecem uma forma de reduzir a incerteza, a ansiedade e o medo, dando um sentido e uma ordem ao caos.
Como lidar com o lócus de controle e as conspirações? O lócus de controle é uma variável psicológica que pode ser modificada por meio de intervenções educacionais, terapêuticas ou sociais. O objetivo é promover um lócus de controle interno saudável, que favorece o desenvolvimento pessoal, a autoconfiança, a autonomia, a resiliência e o senso crítico. As intervenções podem envolver técnicas de reestruturação cognitiva, treinamento de habilidades sociais, feedback positivo, incentivo à participação cidadã, exposição à diversidade cultural e informacional, entre outras. As conspirações podem ser combatidas com o uso de evidências científicas, argumentos lógicos, fontes confiáveis, verificação de fatos, educação midiática e diálogo respeitoso. É importante reconhecer as motivações emocionais e psicológicas que levam as pessoas a aderirem às teorias da conspiração e oferecer alternativas mais racionais e saudáveis para lidar com os desafios da vida contemporânea.