Direita e esquerda: quem controla as milícias e o narcotráfico no Brasil?
- Copie o link
- Via Facebook
- Via Twitter
- Via Pinterest
- Via Google+
- Via Linkedin
- Via Email
- Turn off the light
A Relação Entre a Política, o Narcotráfico e as Milícias no Brasil
No Brasil, a polarização entre direita e esquerda tem sido um tema constante nas discussões políticas, mas essa divisão muitas vezes não é suficiente para compreender as complexas relações que envolvem o controle do narcotráfico e das milícias. A questão sobre quem controla essas organizações criminosas é mais profunda e está intrinsecamente ligada a uma estrutura política e social que vai além das ideologias tradicionais.
Milícias e narcotráfico: quais são as conexões?
Em um primeiro olhar, é comum associar o narcotráfico à esquerda e as milícias à direita, dado que a polarização política no Brasil tem sido intensa. No entanto, essa generalização é simplista e não explica a realidade de forma completa. O que vemos nas comunidades de grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e em diversos outros estados do Brasil, são milícias e narcotraficantes operando de maneira paralela, mas, muitas vezes, com interesses e práticas que se entrelaçam.
Enquanto o narcotráfico se envolve na venda de drogas ilícitas, controlando determinadas áreas e comunidades, a milícia se apresenta como uma "força protetora", alegando oferecer segurança aos moradores e comerciantes em troca de dinheiro. Esse cenário cria uma dinâmica de extorsão, onde tanto milicianos quanto traficantes exigem pagamentos mensais para garantir a proteção, seja de casas, comércios ou até mesmo da própria vida.
A semelhança com as práticas da máfia italiana é notável. Como nos filmes da máfia, onde a "proteção" é oferecida em troca de dinheiro, as milícias atuam como uma espécie de "segurança privada" que, na prática, se utiliza da violência e da ameaça para extorquir a população local. Os traficantes fazem o mesmo, cobrando proteção para garantir que os estabelecimentos e residências não sejam alvo de assaltos ou destruição.
Direita e esquerda: dois lados da mesma moeda?
Embora existam diferenças ideológicas óbvias entre direita e esquerda, a análise mais profunda revela que ambos os lados estão, de certa forma, conectados e envolvidos com o crime organizado no Brasil. Ao longo da história recente, vimos políticos de ambos os espectros sendo acusados e até presos por vínculos com milícias e narcotraficantes.
A dicotomia entre direita e esquerda muitas vezes mascara o fato de que ambos os grupos políticos, no fim das contas, pertencem ao mesmo sistema. Esse sistema, muitas vezes representado por interesses financeiros e empresariais, se beneficia das práticas criminosas de milicianos e traficantes. Ambos os lados — a direita que muitas vezes se diz defensora da ordem e da segurança, e a esquerda que frequentemente se posiciona como a protetora das minorias — acabam colaborando, de alguma forma, com os mesmos grupos criminosos.
De forma mais ampla, o sistema político brasileiro, com suas divisões entre direita e esquerda, não é completamente independente. Ele está intimamente ligado a um sistema de controle mais amplo, que envolve a Maçonaria, as grandes corporações, e os grupos financeiros internacionais que detêm o controle sobre o dinheiro e os recursos essenciais. Esse sistema utiliza as divisões internas — seja entre diferentes ideologias políticas, grupos sociais, ou até classes econômicas — para manipular e manter o poder.
A Manipulação da População
A utilização da polarização política é uma estratégia eficaz para dividir e conquistar. Essa divisão artificial entre direita e esquerda, entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, e até entre grupos religiosos e sexuais, serve para desviar a atenção da população dos reais responsáveis pelo controle de tudo: um grupo pequeno e altamente influente, que orquestra os jogos políticos, financeiros e sociais. A narrativa que separa a sociedade em opositores cria um campo fértil para o fortalecimento de estruturas de poder paralelas, como as milícias e o narcotráfico, que, na prática, acabam controlando as grandes cidades e manipulando as bases sociais.
O Jogo do Crime Organizado
O envolvimento de militares, políticos e até figuras religiosas com o crime organizado, como o jogo do bicho e o narcotráfico, é um reflexo claro de como o sistema é moldado. Após a ditadura militar, muitos dos que atuaram no governo passaram a se associar diretamente ao crime organizado, como foi o caso de alguns militares que passaram a trabalhar para as organizações do jogo do bicho no Rio de Janeiro.
Além disso, o controle da mídia, como a televisão e a internet, é uma das principais ferramentas utilizadas para manipular a opinião pública. Grupos criminosos, como o narcotráfico e as milícias, estão por trás de muitos serviços ilegais, incluindo a venda de TVs piratas, streaming ilegal e acompanhantes de luxo. A polícia e as autoridades, em muitos casos, parecem ser coniventes com esses crimes, já que esses grupos criminosos controlam grandes áreas e muitas vezes têm influência direta sobre as autoridades locais.
O Sistema de Controle Global
O sistema que controla tanto o narcotráfico quanto as milícias é mais complexo do que apenas uma divisão entre direita e esquerda. Ele envolve uma rede de poder e controle global, que se estende através de diversas camadas da sociedade, incluindo o governo, as forças armadas, as corporações, a mídia, e as organizações criminosas. A dicotomia criada entre direita e esquerda serve apenas para mascarar o verdadeiro poder que mantém o status quo.
No fim das contas, narcotráfico e milícia são apenas dois lados da mesma moeda. Ambos controlam partes do território brasileiro e são sustentados por um sistema que divide a população, enquanto concentra o poder nas mãos de uma elite secreta, que manipula todas as esferas da sociedade, incluindo a política, a economia e até os valores culturais.
É importante que a população entenda que a verdadeira questão não está em escolher lados em uma guerra de narrativas entre direita e esquerda, mas sim em perceber que todos esses grupos, de alguma forma, estão interligados por uma rede de poder que visa manter o controle sobre a sociedade, enquanto manipula as massas para continuar o jogo.
Essa é uma reflexão que precisamos fazer, se quisermos realmente entender o que está por trás da política, da violência, e do controle social no Brasil e no mundo.